Neste post mostramos mais um caso de estudo utilizando a Inteligência Artificial VORTX com dados reais. Aqui demonstramos como a abordagem de descoberta de cenários pode ajudar a tomada de decisão de forma profunda em vários setores. Para conhecer algumas áreas com grande potencial de aplicação, veja este artigo com 14 áreas sugeridas. Nesta análise em específico levamos em consideração perguntas típicas de gestores:
Quais os fatores que mais impactam no meu resultado?
Qual configuração ideal dos fatores (das variáveis) para se atingir o cenário com melhor desempenho?
Neste caso selecionamos 65 índices nacionais de 188 países para descobrir quais deles tem maior peso em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano e quais cenários são criados pelas máquina. Para validar a precisão do algoritmo, plotamos no mapa os países de acordo com seu cenário.
As perguntas-chave desta análise:
Quantos cenários de Índice de Desenvolvimento Humano existem no mundo e em quais cenários os países estão alocados?
Entre os 65 índices, quais deles têm maior influência na variação do IDH?
O que é o DNA de um cenário e como eles são utilizados para análise?
Bom, antes de ver os resultados, vejam todas variáveis analisadas abaixo. Então, tente descobrir intuitivamente quais seriam as repostas para pergunta 2. Esta é uma tarefa muito importante para a validação cenários. OK?
Uma das perguntas mais frequentes que recebemos na Aquarela está relacionada aos conceitos BI, Data Mining e Big Data. Uma vez que os três estão ligados à análise de dados, não é estranho que haja confusões.
Definição do tamanho do projeto: Quem serão todos os envolvidos no projeto? Qual o será o tamanho da análise, quais serão as ferramentas utilizadas e os custos do projeto.
Desenvolvimento: Operacionalização da estratégia, realizando o processamento dos dados assim como várias interações de validação com os envolvidos do projeto, sobretudo o cliente final, para saber se as perguntas de negócio estão sendo respondidas e realmente ajudando.
Veja mais sobre os passos para um projeto de analytics de sucesso aqui.
Até esse momento o BI, Data Mining e Big Data são muito parecidos. Na tabela abaixo fizemos um resumo que ajuda a delinear as diferenças:
BI, Data Mining e Big Data
Caracteristicas
BI (Business Intelligence)
Data Mining
Big Data
Virtude da solução
Volumetria – Monitorar o desempenho dos indicadores das operações
Metodologia científica e algoritmos. Descobrir padrões de comportamento de dados. Detecção de pontos cegos da gestão. Análise estatística intensa e pontual.
Data mining em grande escala. Geração de conhecimento de gestão, apoiado por inteligência e capacidade computacional. Análise estatística intensa e contínua
Tipos de dados
Dados estruturados em planilhas, banco de dados relacionais e dimensionais, etc.
Dados estruturados em planilhas, banco de dados relacionais e dimensionais, etc.
Dados estruturados, semiestruturados e não estruturados em bancos de dados NoSQL ou TripleStores
Estilo de análise
Reflete apenas o passado dos dados em pequena ou grande escala. Não há inteligência no sistema, sendo necessário profissionais da gestão para interpretar as informações e tomada de decisão.
Permite fazer a predição e descoberta de fatores relevantes ao negócio em pequena escala usando inteligência computacional. Necessita de profissionais da gestão trabalhando em colaboração com cientistas da informação.
Permite fazer a predição e descoberta de fatores relevantes ao negócio em grande escala usando inteligência computacional. Necessita de profissionais da gestão trabalhando em colaboração com cientistas da informação.
Resultados Esperados
Diversas visualizações de gráficos consolidadas em painéis de controle conhecidos como dashboards
Relatório de recomendação
Painéis de controle com indicadores preditivos e recomendações estratégicas.
Foco
Monitorar indicadores tais como preço, valor, temperatura, custo total, etc.
Identificar padrões de comportamento dos dados, criando novos indicadores de análise para o BI
Extração do conhecimento de grandes massas de dados com fontes e tipos variados
Comercialização
Custo de implementação, integração do sistema e mensalidade por usuário
Valor do projeto, envolvendo o custo da produção do relatório
Custo de implantação, integração do sistema e/ou comissionamento sobre o resultado do faturamento.
Volume de dados
Alto, porém limitado ao processamento dos bancos de dados relacionais/dimensionais
Baixo, trabalho por amostragem (pequenas parcelas) de dados com alto custo de procesamento
Alto, com estruturas distribuídas e grande demanda de procesamento.
Conclusões e recomendações
Apesar da análise se restringir a apenas 7 características, os resultados mostram que existem diferenças importantes entre BI, Data Mining e Big Data. Abaixo seguem algumas conclusões de nossa análise e experiência:
Empresas que possuem uma solução de BI já consolidada tem mais maturidade para embarcar em projetos extensivos de Data mining e Advanced Analytics. Ex: descobertas feitas pelo Data Mining ou Advanced Analytics podem ser rapidamente testadas e monitoradas pelo BI. Ou seja, os elementos podem e devem coexistir para realmente trazer valor ao negócio na forma de otimização de recursos, aumento de vendas e assim por diante.
O Big Data só faz sentido em grandes volumes de dados e a melhor opção para o seu negócio depende de quais perguntas estão sendo feitas e quais os dados disponíveis. Todas as soluções são dependentes do dado de entrada. Consequentemente se a qualidade das fontes de informação forem ruins, há grande chance de que a reposta seja ruim como frisa a expressão em inglês “garbage in, garbage out” Lixo entra, lixo saí.
Enquanto os painéis do BI podem ajudar a fazer sentido de seus dados de maneira bastante visual e facilitada, não é possível fazer análises muito ricas com ele. Para isso é necessário soluções mais complexas, capazes de enriquecer a sua percepção da realidade do negócio, ajudando a encontrar correlações, novos segmentos de mercado (classificação, predição), fazer previsões, controlar variáveis e seus efeitos em com relação as diversas outras por meio da análises multivariadas.
O BI é fortemente dependente de dados estruturados que são os mais utilizados atualmente, porém a tendência é de crescimento em dados não estruturados. Também, não demanda profissionais especialistas em estatística e ou engenharia do conhecimento.
O Big Data estende a possibilidade de análise sobre não estruturados. Ex: posts de redes sociais, imagens, vídeos, músicas e etc. Porém o grau de complexidade e exigência de conhecimento do operador é maior, bem como o alinhamento com os profissionais da gestão.
Para evitar frustrações é importante levar em consideração as diferenças nas virtudes (proposta de valor) e resultados de cada solução. Por exemplo, não esperar por descoberta de padrões e insights de negócio da própria ferramenta de BI, este é o papel do operador do BI.
O Big Data pode ser considerado em parte, a junção do BI e Data Mining. O BI com seus dados estruturados em conjunção com a gama de algoritmos e técnicas do Data Mining empoderado pelas novas tecnologias de grande processamento, armazenamento e memória; tudo processado de forma paralela e distribuída sobre uma gama gigantesca de fontes de informação heterogêneas.
Podemos observar que os resultados dos três geram inteligência para o negócio, da mesma forma como o bom uso de uma simples planilha também pode gerar inteligência, mas é importante avaliar se isso é suficiente para atender as ambições ou dilemas do seu negócio.
Vemos que o potencial do Big Data ainda não está sendo plenamente reconhecido, porém as empresas mais avançadas em termos de tecnologia, hoje, o têm como ponto chave de suas estratégias oferecendo gratuitamente seus serviços para alimentar suas bases com dados estruturados e não estruturados. Ex. Gmail, Facebook, Twitter e OLX.
A Aquarela criou uma metodologia, chamada DCIM – Data Culture Introduction Metodology – que estabelece 5 níveis de maturidade e mecanismo de análise situacional, leia aqui sobre.
Fundador e Diretor Comercial da Aquarela, Mestre em Business Information Technology com especialização em logística – Universiteit Twente – Holanda. Escritor e palestrante na área de Ciência e Governança de Dados para indústria e serviços 4.0.